Na semana passada, a gigante chinesa da tecnologia Tencent fez duas operações importantes após a IPO da Warner Music Group em 3 de junho. Primeiro, a Tencent Music Entertainment, a subsidiária musical da empresa-mãe Tencent Holdings, adquiriu 4 milhões de acções ordinárias de classe A da WMG, representando 100 milhões de dólares em acções. No mesmo dia, outra subsidiária da Tencent Hoding, a Huang River Investment Limited, comprou mais 4 milhões das mesmas acções, somando um total de 200 milhões de dólares em acções, representadas em 8 milhões de acções. A Tencent Holdings detém agora, no total, 10,4% das acções da classe A em circulação da WMG e 1,6% da totalidade da WMG de acordo com os registos da SEC.

Escritora e investigadora de tecnologia musical Cherie Hu partilhou o seguinte diagrama na sua conta do Twitter esta quarta-feiraque ilustra o atual estado de propriedade entre as três grandes empresas e o Spotify, salientando também que a atual participação maioritária que a empresa-mãe do WMG, Access Industries, tem no serviço de streaming francês Deezer não está incluída.

Esta aquisição foi objeto de uma forte oposição por parte do organismo europeu de lobbying IMPALA, cuja presidente executiva, Helen Smith, referiu em novembro de 2019:

"Mesmo com um baixo nível de participação, acreditamos que o risco de danos para os consumidores e concorrentes decorrentes de tal transação seria preocupante devido ao impacto no mercado digital e no sector da música, com os independentes a serem ainda mais pressionados e os artistas também a perderem."

Entre as grandes empresas e os gigantes da tecnologia

Como já analisámos em posts anterioreso streaming será a "âncora" do negócio da música gravada pós-pandemia. As negociações internas das grandes editoras e dos gigantes da tecnologia afectam largamente o nível de responsabilidade e transparência para os artistas - Tom Gray, o iniciador da campanha #BrokenRecord dedicou um longo tópico no Twitter sobre este assunto.

Para além disso, a Comissão Europeia lançou duas investigações formais antitrust contra a Appleuma das quais foi desencadeada por uma queixa do Spotify de 2019 que acusava a Apple de comportamento anticoncorrencial relativamente à gestão da App Store e às compras na aplicação.

Embora não possamos esperar uma resolução a curto prazo destas investigações, nem possamos esperar ver menos destas aquisições de acções e sinergias de copropriedade entre as empresas dominantes da indústria musical, temos certamente esperança de que o desenvolvimento crescente da tecnologia para o sector da música independente - sob a forma de serviços locais de streaming, associações colectivas, ferramentas para artistas e soluções operacionais destinadas às PME - continue a impulsionar a sustentabilidade da indústria musical independente.

Com o SonoSuite, pode assumir o controlo da sua cadeia de fornecimento digital, procurar margens máximas através da flexibilidade do modelo de negócio e do apoio humano de topo de gama. Sob a sua própria marca, garantimos níveis máximos de transparência nos relatórios de royalties. Estamos continuamente a adicionar parceiros de distribuição à nossa rede, assegurando que o seu negócio tem todas as possibilidades de prosperar globalmente.

Etiquetas:indústria musctencentwarner music groupwmg

‍