Mais um ano, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) publicou o seu estudo sobre o consumo de música no mundo. O relatório tem por objetivo esclarecer os hábitos dos consumidores e a sua relação com a música gravada no último ano

O estudo foi realizado com base numa amostra de utilizadores da Internet entre os 16 e os 64 anos dos 18 países mais relevantes em termos de consumo da Internet: Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, México, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, Rússia, África do Sul e Suécia.

Entre as conclusões do estudo, salienta-se o facto de os consumidores passarem 17,8 horas por semana a ouvir música. Além disso, 86% dos utilizadores da Internet em todo o mundo são utilizadores de serviços de streaming. Em Espanha, a percentagem sobe para 89%. O estudo indica ainda que 38% dos utilizadores acedem à audição de música através da pirataria.

Os utilizadores utilizam, sobretudo, plataformas de streaming de áudio (Spotify, Apple Music, Deezer, etc.), que dominam o consumo de streaming com 61% em todo o mundo e 63% em Espanha. No entanto, é no Youtube, a principal plataforma híbrida de streaming de vídeo e áudio, que os utilizadores passam mais tempo a ouvir música. Esse domínio quantitativo no tempo contrasta com a insignificante repercussão económica que dedica aos criadores, com um milhão de dólares pagos pelo YouTube por cada 20 do Spotify. O acesso gratuito a conteúdos musicais no YouTube serve também de motivo para que muitos utilizadores não paguem por serviços de streaming noutras plataformas.

O relatório aponta também para a resiliência da rádio no novo ecossistema digital como meio de ouvir música, com 86% dos ouvintes a utilizarem-na para aceder a conteúdos musicais.

27% do tempo de audição ocorre em dispositivos móveis e 75% dos consumidores fazem-no num smartphone

Quanto aos hábitos de audição por géneros, o pop e o rock dominam os outros estilos, com 64% dos utilizadores a ouvir pop e 57% a fazer o mesmo com o rock. Ambos os sexos dominam com mais de metade dos utilizadores mundiais.

Com tudo isto, o estudo consegue traçar o mapa da afirmação da audição de música nos dias de hoje e descrever os hábitos do consumidor.

Pode descarregar o relatório completo para conhecer todas as conclusões do estudo.

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